segunda-feira, 7 de novembro de 2016

EAD - Educação a Distância

 Olá pessoas incríveis da internet, eu sou a Luciana Cordova e hoje vamos falar um pouco sobre EAD!


O Ensino a Distância, conhecido também como EAD é uma alternativa de ensino que as pessoas têm encontrado para adquirir seu diploma com horários e turnos de estudo flexíveis. A relação aluno-professor ocorre com a ajuda de ferramentas online, que são disponibilizadas no portal da Instituição de EAD escolhida. A educação a distância tem a característica de não estar presente, isto é, possui uma distância física entre professores e alunos no ensino.
Segundo o artigo 1º do Decreto 5.622 de 2005, o mesmo caracteriza a EAD como “modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativos em lugares ou tempos diversos”.
Pierre Lévy diz em uma entrevista que é através da educação a distância que é experimentado o maior número de novidades, e também ao mesmo tempo técnicas pedagógicas, é um setor em que existe uma experimentação constante. Ele diz também que as técnicas utilizadas na educação á distancia vão cada vez mais ser utilizadas na educação normal, como por exemplo, a utilização de fitas de vídeo ou de programas de computadores, e também a utilização de redes de informática. Ele ressalta que cada vez mais haverá uma mistura entre a educação à distância e a educação clássica.
Devido ao fator de que a modalidade, muitas vezes, é instituída como compensação e devido a equívocos conceituais, ela se faz à margem da regularidade e com grande preconceito social.
Embora políticas instituídas para avaliação e acompanhamento da qualidade, conforme Moran (2011), o sucesso dessa modalidade ainda é fator de risco influenciado, também, pela legitimidade e seriedade da oferta: Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica. (MORAN, 2011, s/p).
Um ponto positivo da EAD é que possibilita as pessoas que trabalham e por isso não podem frequentar aulas presenciais nos horários convencionais tenham acesso a estas aulas através de aulas assíncronas ou síncronas em horários alternativos ou através da internet. Um ponto negativo são as limitações nas discussões que ocorrem, geralmente, quando não há um professor interagindo o tempo todo com o aluno para orientar as discussões e tirar possíveis dúvidas.
Estudar a distancia não é para qualquer tipo de aluno, a formação vai depender muito de como o aluno vai se esforçar e se dedicar, se o aluno não for disciplinado e organizado, o resultado das provas pode não ser muito bom, se o aluno sente uma falta no conteúdo cabe a ele mesmo recorrer a algum meio para suprir a falta, lendo livros, pesquisando a fundo na internet, se o aluno vai aprender ou não no curso a distancia vai depender dele próprio.
A superação dos estigmas e preconceitos acontece na medida em que se imprime consciência, seriedade e responsabilidade a todo e qualquer processo educacional.
Fainholo aborda qualidade como conceito avaliativo, um ideal de educação socialmente relevante. Frente ao ideal é possível enunciar critérios que possuam caráter consensual acerca da qualidade da educação. Enunciar critérios significa vincular uma qualidade ou condição à expressão de um juízo segundo sua qualificação.
No que se refere às teorias propostas para fundamentar as práticas nessa modalidade, podemos considerar as contribuições de sete grandes autores: Otto Peters (organizou a Teoria da Industrialização), Michael Moore (responsável pela Teoria da Distância Transacional e Autonomia do Aprendiz), Borje Holmberg (A Teoria da Conversação Didática Guiada), Demond Keegan (a Teoria da Reintegração dos Atos de Ensino e Aprendizagem), D.R. Garrison (Teoria da Comunicação e Controle do Aprendiz), John Verduin e Thomas Clark (Teoria da Tridimensionalidade). Todos os modelos partem da lógica de organização em que a separação física entre professores e alunos é um fator de distinção dessa modalidade implicando na reestruturação da organização educacional a partir de planejamento intencional a partir do objetivo que se tem para os cursos de formação que passam a acontecer em espaços coletivos em que a comunicação mediatizada é muito importante para garantir diálogo.
Moran (2011b, s/p) menciona que, inevitavelmente, os modelos educacionais presenciais ou à distância serão organizados em dois blocos:
“Modelo 1: A multiplicação do ensino centrado no professor, na transmissão da informação, de conteúdo e na avaliação de conteúdos aprendidos.
Modelo 2: O foco na aprendizagem, no aluno e na colaboração”.

O primeiro modelo remete ao cenário instrucionista e combina traços das teorias de Keegan e Garrison. O segundo modelo, com foco na aprendizagem, aluno e colaboração, aproxima-se de características teóricas de Holmberg e Moore.
No Brasil, a discussão sobre políticas públicas, começa a se consolidar a partir de 1996 com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, partiu da necessidade de formação continuada de professores para a educação básica, outros programas como o PROINFO e a TV Escola, também voltados à formação docente, conforme Almeida (2011, p.5) [...] os programas PROINFO e TVESCOLA, ambos da Secretaria de Educação a Distância do MEC, aproximam-se e realizam projetos que integram diferentes tecnologias na formação de educadores, na prática pedagógica e na gestão escolar, apontando uma tendência promissora de convergência entre as mídias, que deverá influir fortemente na disseminação da EAD nos próximos anos.
Nesse contexto de democratização da educação formal por iniciativas de formação à distância, destaca-se a UAB – Universidade Aberta do Brasil que prevê a extensão de oferta da educação superior no país criada em 2005.
Outra diretriz é situada pela Portaria 2253/2001 do Ministério da Educação, esse documento regulariza a oferta de até 20% de carga horária à distância nos cursos de graduação presenciais. Essa condição exige reorganização das matrizes e oportuniza a flexibilização curricular na oferta presencial.

REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO

FAUSTINO, Regina Helena; SILVA, Monica Ferreira da; SCHMITZ, Eber Assis; ALENCAR, Antonio Juarez Sylvio Menezes de. Especialização à distância: pontos fortes e fracos. Disponível em: <http://www.icbl-conference.org/proceedings/2013/papers/contribution98_a.pdf>. Acesso em 31 de agosto de 2016.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referenciais de qualidade para educação superior a distância. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf>. Acesso em 31 de agosto de 2016.

ROMISZOWSKI, Hermelina Pastor. Qualidade da educação a distância: discutindo o papel da avaliação. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2011/cd/289.pdf>. Acesso em 31 de agosto de 2016.

MACIEL, Margareth de Fátima; RUARO, Laurete Maria. Novas tecnologias aplicadas a educação. Disponível em: <http://moodle.unicentro.br/moodle/pluginfile.php/108151/mod_resource/content/1/livro_base_NTAE.pdf>. Acesso em 30 de agosto de 2016.


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