Olá pessoas incríveis da internet, eu sou a Luciana Cordova e hoje vamos falar um pouco sobre EAD!
O Ensino
a Distância, conhecido também como EAD é uma alternativa de ensino
que as pessoas têm encontrado para adquirir seu diploma com horários e turnos
de estudo flexíveis. A relação aluno-professor ocorre com a ajuda de
ferramentas online, que são disponibilizadas no portal da Instituição
de EAD escolhida. A educação a distância tem a característica de não
estar presente, isto é, possui uma distância física entre professores e alunos
no ensino.
Segundo
o artigo 1º do Decreto 5.622 de 2005, o mesmo caracteriza a EAD como
“modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de
ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de
informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades
educativos em lugares ou tempos diversos”.
Pierre
Lévy diz em uma entrevista que é através da educação a distância que é
experimentado o maior número de novidades, e também ao mesmo tempo técnicas
pedagógicas, é um setor em que existe uma experimentação constante. Ele diz
também que as técnicas utilizadas na educação á distancia vão cada vez mais ser
utilizadas na educação normal, como por exemplo, a utilização de fitas de vídeo
ou de programas de computadores, e também a utilização de redes de informática.
Ele ressalta que cada vez mais haverá uma mistura entre a educação à distância
e a educação clássica.
Devido
ao fator de que a modalidade, muitas vezes, é instituída como compensação e
devido a equívocos conceituais, ela se faz à margem da regularidade e com
grande preconceito social.
Embora
políticas instituídas para avaliação e acompanhamento da qualidade, conforme
Moran (2011), o sucesso dessa modalidade ainda é fator de risco influenciado,
também, pela legitimidade e seriedade da oferta: Algumas organizações e cursos
oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o
lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras
oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas
inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora
com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo
tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal;
diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a
partir de níveis diferenciados de visão pedagógica. (MORAN, 2011, s/p).
Um
ponto positivo da EAD é que possibilita as pessoas que trabalham e por isso não
podem frequentar aulas presenciais nos horários convencionais tenham acesso a
estas aulas através de aulas assíncronas ou síncronas em horários alternativos
ou através da internet. Um ponto negativo são as limitações nas discussões que ocorrem,
geralmente, quando não há um professor interagindo o tempo todo com o aluno
para orientar as discussões e tirar possíveis dúvidas.
Estudar
a distancia não é para qualquer tipo de aluno, a formação vai depender muito de
como o aluno vai se esforçar e se dedicar, se o aluno não for disciplinado e
organizado, o resultado das provas pode não ser muito bom, se o aluno sente uma
falta no conteúdo cabe a ele mesmo recorrer a algum meio para suprir a falta,
lendo livros, pesquisando a fundo na internet, se o aluno vai aprender ou não
no curso a distancia vai depender dele próprio.
A
superação dos estigmas e preconceitos acontece na medida em que se imprime
consciência, seriedade e responsabilidade a todo e qualquer processo
educacional.
Fainholo
aborda qualidade como conceito avaliativo, um ideal de educação socialmente
relevante. Frente ao ideal é possível enunciar critérios que possuam caráter
consensual acerca da qualidade da educação. Enunciar critérios significa
vincular uma qualidade ou condição à expressão de um juízo segundo sua
qualificação.
No que se refere às teorias propostas para
fundamentar as práticas nessa modalidade, podemos considerar as contribuições
de sete grandes autores: Otto Peters (organizou a Teoria da Industrialização),
Michael Moore (responsável pela Teoria da Distância Transacional e Autonomia do
Aprendiz), Borje Holmberg (A Teoria da Conversação Didática Guiada), Demond
Keegan (a Teoria da Reintegração dos Atos de Ensino e Aprendizagem), D.R.
Garrison (Teoria da Comunicação e Controle do Aprendiz), John Verduin e Thomas
Clark (Teoria da Tridimensionalidade). Todos os modelos partem da lógica de
organização em que a separação física entre professores e alunos é um fator de
distinção dessa modalidade implicando na reestruturação da organização
educacional a partir de planejamento intencional a partir do objetivo que se
tem para os cursos de formação que passam a acontecer em espaços coletivos em
que a comunicação mediatizada é muito importante para garantir diálogo.
Moran
(2011b, s/p) menciona que, inevitavelmente, os modelos educacionais presenciais
ou à distância serão organizados em dois blocos:
“Modelo
1: A multiplicação do ensino centrado no professor, na transmissão da
informação, de conteúdo e na avaliação de conteúdos aprendidos.
Modelo
2: O foco na aprendizagem, no aluno e na colaboração”.
O
primeiro modelo remete ao cenário instrucionista e combina traços das teorias
de Keegan e Garrison. O segundo modelo, com foco na aprendizagem, aluno e
colaboração, aproxima-se de características teóricas de Holmberg e Moore.
No
Brasil, a discussão sobre políticas públicas, começa a se consolidar a partir
de 1996 com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, partiu da
necessidade de formação continuada de professores para a educação básica, outros
programas como o PROINFO e a TV Escola, também voltados à formação docente,
conforme Almeida (2011, p.5) [...] os programas PROINFO e TVESCOLA, ambos da
Secretaria de Educação a Distância do MEC, aproximam-se e realizam projetos que
integram diferentes tecnologias na formação de educadores, na prática
pedagógica e na gestão escolar, apontando uma tendência promissora de convergência
entre as mídias, que deverá influir fortemente na disseminação da EAD nos
próximos anos.
Nesse
contexto de democratização da educação formal por iniciativas de formação à
distância, destaca-se a UAB – Universidade Aberta do Brasil que prevê a extensão
de oferta da educação superior no país criada em 2005.
Outra
diretriz é situada pela Portaria 2253/2001 do Ministério da Educação, esse
documento regulariza a oferta de até 20% de carga horária à distância nos
cursos de graduação presenciais. Essa condição exige reorganização das matrizes
e oportuniza a flexibilização curricular na oferta presencial.
REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
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